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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Poeta da Cena



O Poeta da Cena: Osmar Prado - Por Raul Franco

Sábado, tive o prazer, a honra, o privilégio, de participar da gravação de Amor Eterno amor para fazer uma cena com o Osmar Prado – o Virgílio da trama.

A cena era bem rápida, mas cheguei ao set com o nervosismo de quem estaria diante de um dos ícones da TV brasileira e, antes de mais nada, um cara que admiro muito. O que torna a coisa mais séria e que acaba por exigir de mim uma exigência militar ímpar!

Dentro do ônibus, servindo de camarim, eu vesti o figurino e fiquei na espera. Afinal, TV é a arte da espera mesmo. Um pouquinho depois, chega Osmar Prado, cantarolando alguma coisa. Passa por mim e abre um sorriso, sem deixar de cantarolar a sua canção.

De cara, já deu para admirá-lo ainda mais, ao vê-lo chegar com essa animação e bom astral.

Na hora da minha cena, fui chamado ao local, onde aconteceria a gravação: uma espécie de bar de beira de estrada – o que seria Rio Fundo, em Minas Gerais. Isso em plena Pedra de Guaratiba-RJ – um dos truques da nossa indústria da novela.  

Lá, o diretor Pedro Vasconcelos (um amigo querido) deu as coordenadas da cena. Marcou a dinâmica e instruiu o tempo dos diálogos. E rapidamente dei a primeira passada com o Osmar Prado. A cena fluiu bem. Logo, Pedro disse: “Vamos gravar”. Gravamos a primeira. Revisou-se na cabine pra ver como ficou. E já partimos para um segundo take. E a cena fluiu novamente. Pedro diz: “Ok, está ótimo”. Revisou-se uma segunda vez e Pedro anunciou: “Ficou show, agora vamos para a outra cena”.

Eu fiquei pelo set para acompanhar o desenrolar das outras cenas. E pude ver ali a grandiosidade de um ator magnífico. A precisão, o entendimento da cena e o brilhantismo. Osmar praticamente conduzia todas as cenas, contracenando com os dois amigos na trama, Laudelino e Chico. Digo conduzia mas com uma generosidade única ao jogar com os outros atores.

O que mais me entusiasmou é que, a cada nova tomada da mesma cena, Osmar conseguia fazer diferente, mantendo o frescor da cena. E vale dizer: todas feitas sem pausa, sem erros. Simplesmente fluíam. Ele jogava com a ação que estava executando e batia o texto ali com os atores, mantendo o foco nas duas coisas. Simplesmente incrível!

E as cenas do dia, tiverem momentos calmos, tensos e de embates. E eu pude curtir tudo ali, como espectador ávido por aprender um pouquinho mais com esses atores que nos dão brilho nos olhos!

A cena que eu fiz, talvez, não dê a dimensão do que foi esse dia pra mim! Mas o bate papo no camarim já foi uma aula da arte de interpretar. Fiquei mais fã de Osmar! E ao chegar, ele já disse: “Uma boa cena, hein? E o bom é que ela era dinâmica e trocamos ali no tempo certo, sem deixar o ritmo cair”. E seguimos batendo um papo maravilhoso, sobre a arte de interpretar e os mecanismos da criação do seu personagem. E tudo que Osmar dizia, dava pra ver a sua paixão pelo seu ofício. O que contagiava ainda mais.

Despedimo-nos depois de ele comer uma fruta no camarim e partir com o mesmo bom humor que chegou!

E esse meu dia já ficou no meu pensamento e ficará por muitos e muitos dias. 


...

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Saída de Emergência

Dia 18/08/2012 a comédia Saída de Emergência está de volta ao São Paulo no teatro Ruth Escobar.

Aqui está o seu cupom de desconto para pagar apenas R$ 15,00.

O preço do ingresso normal é R$ 50,00.

Aproveite essa grande chance de pagar menos e dar grandes risadas.

Espero você lá. Ajude a divulgar!



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Um poema

Sabem aqueles poemas que nascem instantaneamente no meio da madrugada?
Pois é... Esse é um bom exemplo!

Nasceu espontaneamente. Fruto do cansaço. E quando estou cansado, deixo as coisas fluírem docemente.

E agora divido com vocês!



POEMA INSTANTÂNEO - para abençoar a madrugada (Raul Franco)

sim, eu queria um licor de menta
e descansar minha cabeça no varal
para que possam pousar novas sílabas
e o poema como pássaro

andei correndo
andei, parei e tombei
ao cinismo das bandeiras sem propósito

agora sou força
estampada no espelho do banheiro...

e acordo ideias
como quem provoca a criatividade

sou o arco e a fecha
em busca do alvo
agora ou nunca
acertar ou errar depende do empenho

você me verá solto no vento
com a corda toda
e a certeza da vitória

no meu barco as mesmas histórias
e um mundo de glórias me esperando

dormir é para os fracos
assim como os comprimidos
são para os frascos

e sou como afresco
no teto da tua ignorância

e minhas palavras se alimentam de pólvora
eu parto para explodir esse marasmo...

que a explosão construa o meu novo eu!