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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Primeiro post do ano


Como é de praxe, todo começo do ano a gente quer começar com um novo astral, como se a gente voltasse a ter um olhar virgem acerca das coisas.

Por isso, todo começo de ano eu sempre gosto de me desfazer daquilo que já não tem utilidade para mim. Então, o recomendável é a gente dar aquela arrumada no guarda roupa, nos armários, sapateiros, e renovar as energias – como a minha mãe diz.

Eu até peguei um lado do meu armário que eu quase não mexo. Joguei muitos jornais fora – sempre tive mania de guardá-los. Mas como hoje a gente tem a Internet, sei que muitas coisas das matérias que eu guardei durante tanto tempo posso encontrá-las na rede. Basta dar uma “googada” que já acho o assunto que preciso. E, quem sabe, o próprio jornal do qual me desfiz.

Quando faço essa arrumação, o que mais gosto de achar são os meus rabiscos, rascunhos, anotações, etc. Quando acho algo desse tipo, logo volto meu pensamento para o momento em que eu estava naquele processo criativo. E muitas vezes encontro coisas que nem sei quando escrevi. É o caso desse texto que vou postar aqui hoje!

Como estou no espírito de total renovação, de pensamento no novo, naquilo que pode ser, acho que esse rascunho tem tudo a ver com esse começo de ano. E nem o retoquei. Acho que do jeito que está já diz muito – principalmente pra mim que não tenho ideia mesmo de quando foi feito.

Divido com vocês esse rascunho acompanhado dos meus votos de feliz 2012 a todos!

O INSTANTE PRIMEIRO

Então, recomeço uma nova vida. Cheia de mistérios. Como um pano que cobre os móveis de uma casa abandonada. Eu que preciso dessa reinvenção diária. Desse lampejo que dou o nome de nova esperança. Eu que ultrapasso a mim mesmo, como forma de enxergar o futuro. Eu quero antecipar a minha maturidade dilacerante. Eu quero nascer outra vez, como quem sangra. Todo nascimento traz em si o rompimento necessário. Eu rompo novas placentas. E quero o instante primeiro. Esse sabor de virgindade, assim como alguém que descobre um autor que diz coisas nunca antes lidas. Eu quero a premissa exata de uma nova vida. A sensação de regozijo presente na atmosfera do eterno descobrir. Eu quero rever os móveis abandonados do meu existir. E novamente sentar numa velha cadeira e parir uma angústia nova. Eu me sei mais agora. Por isso, posso fincar bandeiras em pontos inóspitos de uma existência.



3 comentários:

Alzira disse...

Filho de peixe, peixinho é... Empregas bem as palavras. Q seja doce e que tenha muiiiiiiita poesia, no teu recomeço. FeliZZZZzzzz 2012

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Feliz ano novo, meu amor! Com novas palavras, novas histórias, novos sonhos e novos horizontes!
BC