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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Saída de Emergência

Olá, galera! Olha, segue serviço do meu show com cupom de desconto! Espero todo mundo lá!


Saída de Emergência em São Paulo – até 8/12/2012

O comediante Raul Franco retorna a São Paulo com o seu solo Saída de Emergência, uma deliciosa comédia repleta de observações hilárias sobre o cotidiano, como a dura vida do ator brasileiro, análise das novas canções e ídolos da MPB, as diferenças entre homem e mulher, programas de TV e muito mais. O show ainda conta com as imitações de Lulu Santos e Caetano Veloso.  E é, claro, não poderia faltar a mais famosa performance de Raul: A Pantomima do Bochecha ou Karaokê para surdo e mudo (mais de 3 milhões de acessos no youtube)
Serviço. Teatro Ruth Escobar – Sala Mirian Muniz (Rua dos Ingleses, 209 – Bela Vista). Info.: (11) 3289-2358. Sábado, 23h. R$ 50. Duração 60m. 100 lugares. 14 anos.


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Alguns pensamentos e reflexões

No dia a dia, na velocidade da vida, pensamentos me veem e saio registrando. Às vezes, é um insight acerca do meu trabalho; às vezes, é um desabafo; às vezes, é um grito. Enfim, pensamentos que vagam em busca de alguma atenção e uma nova troca de ideia. Agora divido com vocês esses pensamentos!

Política

O candidato aparece e diz: "uma porção de jovens ainda não foi em um comício..." como se fosse uma coisa com a qual o jovem anseia a vida inteira! Pode?

Prêmio Multishow de Humor

Natália Klein julga com rigorosidade os candidatos no Prêmio Multishow de Humor. Aí vejo o programa dela e tem uma piada: "a última vez que vi um peru foi no Natal..." Quer dizer...

Ator

O que o ator brasileiro sabe fazer é reclamar! Vive reclamando da falta da grande chance. Mas se esquece de se preparar de verdade. E quando pinta a grande chance, ele lembra que não se preparou o suficiente para encarar isso de frente! Ou seja... #ProntoFalei


Sucesso

Todo mundo quer fazer sucesso! Mas acha que a coisa aparece assim, do nada. Como se você estivesse caminhando na rua, e, de repente, te convidam para um trabalho que vai te projetar muito e você vai ganhar o sucesso desejado. E você vira ídolo da noite pro dia! Ok, pode ser que alguns tenham nascido com o bumbum pra Lua e consigam as coisas dessa maneira. Mas, de resto, é trabalho, muito trabalho. Ralação diária. Aí o resultado disso é muito mais valorizado. Cada conquista é um troféu! Por isso, arregace essas mangas e rale. Não deixe o tempo passar pra acordar das ilusões. #Ficaadica!


Ídolos

Supla julgando novos ídolos da música é a mesma coisa que a Cuca sendo jurada em um concurso de beleza!


Mentalidade Tacanha

Uma coisa que é bem risível são aquelas fotos com a legenda: "famosos prestigiam estreia no teatro". E tem alguns atores que valem mesmo o respeito, mas junto com essas fotos de atores respeitáveis, tem pessoas como: um ex-BBB, uma dançarina não sei de que grupo, uma Geisy Arruda e por aí vai. Sinceramente, que importância vai ter se um ex-BBB vai ver minha peça? ou uma Geisy Arruda? É essa mentalid
ade tacanha que me incomoda! Às vezes, na platéia tem atores de teatro que são muito mais interessantes que algumas aberrações da mídia que ganham um ibope tremendo. essas aberrações podem ver qualquer coisa, mas não precisa se destacar isso. Enfim, é uma falta de inteligência absurda! e pessoas compram isso!


O Desafio do Ator

Uma das coisas de que tenho mais medo é a repetição. O dia que minha arte se tornar repetitiva, o desafio cessará. E se não há desafio, há comodidade. E o que é cômodo, atrofia. Tenho
 medo de atrofiar! Por isso a busca constante. E o meu trabalho como ator é justamente ser múltiplo. Se eu me perco no mesmo papel, o meu trabalho é mediano. E eu prezo para que ele seja grande e desafiador sempre. Estou apenas começando!



### Por hoje é só! ###

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Poeta da Cena



O Poeta da Cena: Osmar Prado - Por Raul Franco

Sábado, tive o prazer, a honra, o privilégio, de participar da gravação de Amor Eterno amor para fazer uma cena com o Osmar Prado – o Virgílio da trama.

A cena era bem rápida, mas cheguei ao set com o nervosismo de quem estaria diante de um dos ícones da TV brasileira e, antes de mais nada, um cara que admiro muito. O que torna a coisa mais séria e que acaba por exigir de mim uma exigência militar ímpar!

Dentro do ônibus, servindo de camarim, eu vesti o figurino e fiquei na espera. Afinal, TV é a arte da espera mesmo. Um pouquinho depois, chega Osmar Prado, cantarolando alguma coisa. Passa por mim e abre um sorriso, sem deixar de cantarolar a sua canção.

De cara, já deu para admirá-lo ainda mais, ao vê-lo chegar com essa animação e bom astral.

Na hora da minha cena, fui chamado ao local, onde aconteceria a gravação: uma espécie de bar de beira de estrada – o que seria Rio Fundo, em Minas Gerais. Isso em plena Pedra de Guaratiba-RJ – um dos truques da nossa indústria da novela.  

Lá, o diretor Pedro Vasconcelos (um amigo querido) deu as coordenadas da cena. Marcou a dinâmica e instruiu o tempo dos diálogos. E rapidamente dei a primeira passada com o Osmar Prado. A cena fluiu bem. Logo, Pedro disse: “Vamos gravar”. Gravamos a primeira. Revisou-se na cabine pra ver como ficou. E já partimos para um segundo take. E a cena fluiu novamente. Pedro diz: “Ok, está ótimo”. Revisou-se uma segunda vez e Pedro anunciou: “Ficou show, agora vamos para a outra cena”.

Eu fiquei pelo set para acompanhar o desenrolar das outras cenas. E pude ver ali a grandiosidade de um ator magnífico. A precisão, o entendimento da cena e o brilhantismo. Osmar praticamente conduzia todas as cenas, contracenando com os dois amigos na trama, Laudelino e Chico. Digo conduzia mas com uma generosidade única ao jogar com os outros atores.

O que mais me entusiasmou é que, a cada nova tomada da mesma cena, Osmar conseguia fazer diferente, mantendo o frescor da cena. E vale dizer: todas feitas sem pausa, sem erros. Simplesmente fluíam. Ele jogava com a ação que estava executando e batia o texto ali com os atores, mantendo o foco nas duas coisas. Simplesmente incrível!

E as cenas do dia, tiverem momentos calmos, tensos e de embates. E eu pude curtir tudo ali, como espectador ávido por aprender um pouquinho mais com esses atores que nos dão brilho nos olhos!

A cena que eu fiz, talvez, não dê a dimensão do que foi esse dia pra mim! Mas o bate papo no camarim já foi uma aula da arte de interpretar. Fiquei mais fã de Osmar! E ao chegar, ele já disse: “Uma boa cena, hein? E o bom é que ela era dinâmica e trocamos ali no tempo certo, sem deixar o ritmo cair”. E seguimos batendo um papo maravilhoso, sobre a arte de interpretar e os mecanismos da criação do seu personagem. E tudo que Osmar dizia, dava pra ver a sua paixão pelo seu ofício. O que contagiava ainda mais.

Despedimo-nos depois de ele comer uma fruta no camarim e partir com o mesmo bom humor que chegou!

E esse meu dia já ficou no meu pensamento e ficará por muitos e muitos dias. 


...

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Saída de Emergência

Dia 18/08/2012 a comédia Saída de Emergência está de volta ao São Paulo no teatro Ruth Escobar.

Aqui está o seu cupom de desconto para pagar apenas R$ 15,00.

O preço do ingresso normal é R$ 50,00.

Aproveite essa grande chance de pagar menos e dar grandes risadas.

Espero você lá. Ajude a divulgar!



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Um poema

Sabem aqueles poemas que nascem instantaneamente no meio da madrugada?
Pois é... Esse é um bom exemplo!

Nasceu espontaneamente. Fruto do cansaço. E quando estou cansado, deixo as coisas fluírem docemente.

E agora divido com vocês!



POEMA INSTANTÂNEO - para abençoar a madrugada (Raul Franco)

sim, eu queria um licor de menta
e descansar minha cabeça no varal
para que possam pousar novas sílabas
e o poema como pássaro

andei correndo
andei, parei e tombei
ao cinismo das bandeiras sem propósito

agora sou força
estampada no espelho do banheiro...

e acordo ideias
como quem provoca a criatividade

sou o arco e a fecha
em busca do alvo
agora ou nunca
acertar ou errar depende do empenho

você me verá solto no vento
com a corda toda
e a certeza da vitória

no meu barco as mesmas histórias
e um mundo de glórias me esperando

dormir é para os fracos
assim como os comprimidos
são para os frascos

e sou como afresco
no teto da tua ignorância

e minhas palavras se alimentam de pólvora
eu parto para explodir esse marasmo...

que a explosão construa o meu novo eu!


terça-feira, 17 de julho de 2012

Atreva-se a ler isso!





ATREVA-SE – por Raul Franco

A dica de um bom espetáculo para você assistir em São Paulo é Atreva-se.

Um espetáculo que prima pelo bom gosto. Uma produção muito bem cuidada. Um cenário funcional, que cumpre bem a proposta de representar a mansão onde se passa quase toda a ação da trama. E tudo em um clima de “cinema noir”. Tudo isso sob a batuta de Jô Soares, amparado pela dramaturgia de Mauricio Guilherme.

No elenco, jovens atores que executam muito bem a proposta da direção. Sem espaço para excessos. Tudo muito limpo e com uma trilha e iluminação impecáveis, que são quase como personagens à parte, marcando bem o tom cômico que o espetáculo se propõe.

Marcos Veras que vem de um espetáculo solo, Falando a Veras, e de um espetáculo em dupla, Não olhe para baixo, você vai querer pular ( juntamente com Júlia Rabelo que também integra o elenco) mostra maturidade e boas composições, já que faz mais de um personagem. Destaque para o personagem que “manca de uma perna”.

Júlia Rabelo mostra bom uso da voz e da expressão corporal para também dar vida às suas personagens. Como o tom de voz de Júlia é muito marcante, em alguns momentos ela poderia dosar melhor o histrionismo de seus personagens para mostras mais nuances.

Mariana Santos brilha em sua personagem que seria uma espécie de lanterninha do cinema. E é um personagem que joga praticamente com a plateia o tempo todo. Serve, inclusive, para situar a confusão da trama (proposital, diga-se de passagem). E compartilha indagações que podem ser do próprio público diante do que vê. E, de quebra, ainda faz uma policial muito bem composta com gagues de humor interessantes.

Carol Martin também marca presença com a sua governanta. Mesmo sem dizer nada no início, a personagem é imponente e se destaca com esse silêncio instigante. E mais a frente, mostra uma outra face dessa personagem, delicada e quase sem entender o que se passa na mansão – acentuando ainda mais o clima de farsa. Na sua outra personagem, a “tenista”, ela poderia ter feito uma composição mais rica. Falta peso e alguma força que fizesse com que o público embarcasse mais na personagem. E vale dizer que essa personagem está em uma das cenas mais divertidas da peça.



Para quem gosta de um espetáculo sofisticado no melhor sentido, brincando com o clima da farsa e do cinema noir, Atreva-se é uma grande pedida. Um espetáculo repleto de bons momentos e privilegiando em muitas situações o humor técnico, combinando o timing exato de luz, marcas cênicas e trilha sonora. Parabéns a todos envolvidos!

Serviço:

Atreva-se
Teatro das Artes - Av. Rebouças, 3.970 - 3º piso – Pinheiros - São Paulo
Qui a sáb, 21h30. Dom, 20h.

segunda-feira, 11 de junho de 2012


Olá, galera!
Mil desculpas pelo sumiço, mas, pra variar, encontrava-me imerso em trabalhos mil.
Como já havia anunciado aqui, eu estava em processo de gravação do Prêmio Multishow de Humor.
Foi bem legal e divertido.
O programa estreia dia 2/07/2012!
Fiquem ligados!

E compartilho com vocês imagens desse processo e o convívio com uma galera alto-astral e super-competente!

 Conferindo anotações de textos novos


 Com Ana Carolina Sauwen - uma fantástica parceira de cena


 Com Alexandre Scapini - o criador da Eneida (risos)


 Com Pedro Pan - o vigésimo quarto elemento (risos)


 Com ele, Gigante Léo


 Com Larissa Câmara


 Com o nosso roteirista Ulysses Mattos


 Com a temida Natália Klein (risos)


Com o queridíssimo Marcelo Médici 


Antes de entrar em cena

 Com a nossa figurinista, Juliana Paris


 Com a queridíssima Joana


 Com o diretor Pedro


Curtindo um pouco a festinha de confraternização da equipe


_________________________________

Durante uns 10 dias estive direto com essa galera toda.
Vai dar uma saudade!

Em breve, volto com mais notícias!


terça-feira, 8 de maio de 2012

Novíssimas

Olá, galera!

Sumo e reapareço! Eis a vantagem de estar vivo!
E o bom é que sempre volto com novidades! Boas novidades!

Hoje quero mostrar algumas imagens dos shows do mês de março, abril e comecinho de maio. É o Saída de Emergência em plena atividade. Mas já estou escrevendo e organizando as cenas e sequências de dois novos solos que quero estrear em julho ou agosto, talvez. Vamos ver!

Em maio agora também começam as gravações do Prêmio Multishow de Humor, onde sou um dos participantes. Acho que vai ser bem legal! Aguardem mais notícias.

Seguem as imagens!

 Ao fim de mais uma participação no Entre a Pizza e o Motel, em São Paulo


 Ao fim do Comédia Cômica, no teatro Ziembinski, na Tijuca - RJ


 Saída de Emergência no Patrono, em Nova Iguaçu


 Ao final da apresentação em Nova Iguaçu


 Ao fim de uma apresentação no Drink Café, no Humaitá (RJ)


 Minha namorada operando o som do Saída, no Sesc Tijuca (RJ)


Apresentação no Sesc Tijuca, dia 1º de maio


Com amigos ao final da apresentação no Sesc Tijuca

terça-feira, 17 de abril de 2012

Cabeça

Hoje me deparei com um rascunho. E é um poema pronto, que não precisou de retoques.
E denso, diga-se de passagem. Mas reflete um dos meus estados de espírito. Talvez, o mais criativo deles. (risos)

Divido agora com vocês.



Cabeça – Raul Franco

minha cabeça pesa
        séculos de dúvidas
       eternidades de culpas

minha cabeça é tão fértil
fecunda pensamentos profundos
história de mundos não vividos

minha cabeça:
       armário de gavetas emperradas
       fonte de loucuras inexploradas

minha cabeça tem pressa
conversa com a parede
mira o abismo inevitável
até espatifar-se
em poesia

quinta-feira, 22 de março de 2012

Um amor de poema

Um sábado desses chego em casa e me deparo com Maria Gadú no Altas Horas.

Quando a ouvi cantar Amor de Índio paralisei. É uma canção que amo e com Gadú ficou algo novo, mantendo a essência da canção e potencializando a sua beleza. Não me contive e acabei rabiscando coisas no papel - algo que fluiu instantaneamente. Como nos últimos tempos tô buscando esse algo que nasce espontaneamente e que soa quase como se fosse uma mensagem mediúnica, acho que devo dividir com vocês esse momento mágico.

Com vocês, meus retalhos de sábado.



Um blue

a gota cai no meio do mar
os círculos se fazem
é hora de expandir, meu amor

eu me vejo espelhado
nós dois espalhados
nesse mesmo cenário
peixes fora do aquário
livres na natureza em processo

eu te vejo em mim
nessa tarde sem fim
molhando e secando
o amor no varal da liberdade

e isso que sinto agora
é um sentimento sem idade
sem o tempo do vazio
sem remos e sem rio
na necessidade do existir

veja só, foi só uma gota
pra gerar toda essa intensidade
e desse mar faço casa
onde abrigo sementes
em tardes claras
em tardes quentes
eternamente seu
          no mar ou no céu
          no azul que se fez blue
          no verso do papel
          e no corpo nu



II  - [na tarde]

fontes e horizontes
parindo instantes
na tarde que arde
que reflete minha ânsia
como sorriso de criança
brincando com a borboleta
como o amor e sua seta
disparando em busca de corações

nossas emoções
gerando o ato
inventando a foto
pra depois comentar o fato
e alimentar o beijo

nesse março que se faz
em sóis de raios soberanos
derretendo a monotonia
dos tristes enganos

agora sol
nunca só
repousando a fantasia
na tarde que esteve longe de ser vazia

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Novos shows de março


Novos shows em março no Rio de janeiro. Dia 12 e 19/03 no Drink Café - Humaitá! Não deixem de comparecer! Espero vocês lá!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

novo texto no ar!


Breve comentário sobre o stand up comedy – por Raul franco

O stand up comedy há muito vem se tornando uma febre no Brasil. É um gênero mais do que consagrado. Basta ver as filas de jovens para assistir a esses shows em diversos espaços espalhados por aí. Todo mundo ávido por textos engraçados e performances cômicas que tornam as observações cotidianas extremamente hilárias.
Faz um tempo que tenho me dedicado a estudar o gênero. No youtube a cada dia milhares de vídeos são postados. Muitos comediantes que estão na mídia no momento, praticamente tornaram o seu trabalho conhecido do grande público via internet.  Há alguns anos me deparei com Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Oscar Filho e outros. Achava curioso essa coisa de estar entretendo a plateia apenas com um microfone na mão e textos próprios.

É claro que, como em todo e qualquer gênero, existem pessoas geniais e pessoas medianas. Eu tenho os meus favoritos. E acho fascinante quando vejo um comediante segurar a plateia apenas com um bom texto. O cara está ali, parado, mandando seu texto e a cada momento, surgem gargalhadas. E o cara não está fazendo nada mais do que comentando, a partir do seu ponto de vista, situações pelos quais nos deparamos no dia a dia. Esse é o trunfo do stand up comedy. E justamente o que torna um comediante melhor do que o outro é a sua capacidade de ser original no modo como conta as suas histórias.

Recentemente vi um garoto no youtube, apresentando-se no programa Tudo é Possível, da Record. O nome dele é Daniel Ducan. E em 45 segundos de vídeo eu já tinha dado várias gargalhadas com o moleque. E o mais bacana é ver que ele é novo e que ainda vai crescer muito. Mas de cara, ele mostrou um texto enxuto, criativo e o modo como ele falava, mostrava domínio do que estava fazendo.
Acredito que a grande diferença do stand up comedy para a simples contação de piada, está mesmo na matemática do texto. No stand up a “cabeça” das histórias não são tão longas. Você apresenta o “setup” – o tema em si - e mais a frente você mata a piada, o que chamamos de “punchline”. O raciocínio é mais rápido. E a velocidade com que as piadas vão acontecendo também.

É bacana quando vemos alguém genial , com um texto igualmente genial, para ficarmos com aquela inveja criativa e tentar fazer um trabalho com a mesma força que determinado comediante mostrou.  E como o stand up comedy é um gênero que tem mais tradição entre os americanos, é claro que devemos observá-los também. Afinal, você não vai querer, de cara, ouvir uma bossa nova tocada por um japonês. Antes de mais nada, você vai querer ouvir um brasileiro. Óbvio, né? A parada foi criada aqui. O mesmo acontece com os gringos. Eu sempre procuro ver os americanos, até para ver a escolha dos temas, o modo como as histórias são conduzidas. Gosto de muitos. Aqui, por exemplo, não vou citar os óbvios, como Chris Rock, Eddie Murphy e Jerry Seinfield. Mas teve um cara que recentemente eu descobri e que gostei muito das performances dele, que é o Dane Cook. Vale muito a pena. É só dar uma pesquisada no youtube que tem alguns vídeos legendados. E tem um que eu acho samurai que é o George Carlin (falecido em 2008) que tem um texto de humor mais voltado para a crítica social. Se você ainda está naquela onda de textos sobre arroto, flatulências e outras escatologias, ao ver Carlin, você vai querer rasgar tudo que você escreveu até agora.  E tem também Ellen Degeneres, que tem coisas ótimas, como o seu set falando sobre Deus.
No Brasil temos os guerreiros que faziam isso de maneira espetacular, bem antes do chamado modismo do stand up, que é o caso do grande José Vasconcelos e o inigualável Chico Anysio. E Vasconcelos, acredito, foi o nosso primeiro “one man show”.  Tanto que ele foi incentivador do próprio Chico Anysio, para que ele fizesse também um show solo.

Em suma, as fontes estão aí. E há espaço para o exercício da comédia. Nunca antes no Brasil tivemos tantos espaços para fazer apresentações de humor. O humor está realmente em alta. Há muita coisa boa por aí. É só usar um “olhar de peneira” para conseguir extrair o que realmente é bacana.  Aí é o bom senso, a experiência e a ardileza de cada um.
E quando estamos começando, tem uma regra que é primordial, acredito eu, e está no livro do Dan Rosenberg “How Not To Suck As Emcee”, que é a seguinte: “suba no palco tanto quanto for possível” . Isso ajuda muito a termos uma noção do nosso material. Porque tem coisas que achamos que pode funcionar e na hora não acontece. E tem coisas que, a partir do contato com a plateia, passa a tomar outra forma e acaba, por assim dizer, sendo reescrita no próprio palco, a partir da experimentação.

No mais, é só trabalhar constantemente. Escrever diariamente qualquer coisinha que passar pela cabeça. Experimentar o timing, a maneira de dizer aquilo. Filmar as apresentações e trabalhar muito mais depois de vê-las. Afinal, as coisas ficaram mais fáceis e por isso mesmo acabam exigindo mais do comediante. Fácil não quer dizer que qualquer um sobreviva no meio. É preciso suor e o exercício diário da observação. Só depois disso é que vem o riso e o aplauso. Podem ter certeza!

De volta com novidades!!!

Mais uma vez sumido do meu bloguinho. Mas sempre por um bom motivo.

O ano começou a todo vapor! E não falo de agora: apesar do fim do carnaval. Falo do ano mesmo, cronologicamente falando e não metaforicamente.

Coisas tem me consumido. Mas é algo de que não posso reclamar. Eu já estou escrevendo o show novo. Falta organizar o meu tempo para poder estruturá-lo. Já tem uma boa base. E várias dúvidas! E como diz a canção: "a dúvida é o preço da pureza/ e é inútil ter certeza". Então, deixa está!!!

Dia 14/01 eu estive em SP para participar da estreia do espetáculo Entre a Pizza e o Motel, dos amigos Mineirinho de Maceió, Marlon Rossy e Pedro Bexiga. E foi bacana poder matar a saudade de quadros dos Fanfarrões e fazer meu set de stand up sobre mulheres. Abaixo dois momentos dessa maravilhosa noite.


 Batman e Robin discutindo a relação

Karaokê para surdo e mudo


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Dia 24/02 e dia 1º de fevereiro estive em Águas de Lindóia para participar de um evento da Novalgina, apresentando um quadro que passeava pelos ritmos das décadas. Inspirado no famoso quadro Evolution Of Dance, que bombou no youtube.



Imagem do segundo dia da apresentação.

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Dia 8/02 participei das eliminatórias do concurso de stand up comedy do Risadaria 2012. Fiquei muito feliz de ter sido escolhido, juntamente com mais 5 comediantes, como finalista da região sudeste. Apesar de não ter saído vitorioso dessa vez, adorei ter participado desse evento que é considerado o maior evento de humor da América Latina. Abaixo, algumas imagens dessa noite:







E ainda continuo produzindo vídeos semanais para o Canal do Raul. Ainda não acessou? Então clica aqui e veja os vídeos.


E você que quer ver o meu último show Saída de emergência, dia 13 de março estarei em Nova Iguaçú. Pinta lá!!!



Mais novidades, acesse o site: www.raulfranco.com.br

Amanhã estou de volta com texto novo sobre stand up comedy!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Primeiro post do ano


Como é de praxe, todo começo do ano a gente quer começar com um novo astral, como se a gente voltasse a ter um olhar virgem acerca das coisas.

Por isso, todo começo de ano eu sempre gosto de me desfazer daquilo que já não tem utilidade para mim. Então, o recomendável é a gente dar aquela arrumada no guarda roupa, nos armários, sapateiros, e renovar as energias – como a minha mãe diz.

Eu até peguei um lado do meu armário que eu quase não mexo. Joguei muitos jornais fora – sempre tive mania de guardá-los. Mas como hoje a gente tem a Internet, sei que muitas coisas das matérias que eu guardei durante tanto tempo posso encontrá-las na rede. Basta dar uma “googada” que já acho o assunto que preciso. E, quem sabe, o próprio jornal do qual me desfiz.

Quando faço essa arrumação, o que mais gosto de achar são os meus rabiscos, rascunhos, anotações, etc. Quando acho algo desse tipo, logo volto meu pensamento para o momento em que eu estava naquele processo criativo. E muitas vezes encontro coisas que nem sei quando escrevi. É o caso desse texto que vou postar aqui hoje!

Como estou no espírito de total renovação, de pensamento no novo, naquilo que pode ser, acho que esse rascunho tem tudo a ver com esse começo de ano. E nem o retoquei. Acho que do jeito que está já diz muito – principalmente pra mim que não tenho ideia mesmo de quando foi feito.

Divido com vocês esse rascunho acompanhado dos meus votos de feliz 2012 a todos!

O INSTANTE PRIMEIRO

Então, recomeço uma nova vida. Cheia de mistérios. Como um pano que cobre os móveis de uma casa abandonada. Eu que preciso dessa reinvenção diária. Desse lampejo que dou o nome de nova esperança. Eu que ultrapasso a mim mesmo, como forma de enxergar o futuro. Eu quero antecipar a minha maturidade dilacerante. Eu quero nascer outra vez, como quem sangra. Todo nascimento traz em si o rompimento necessário. Eu rompo novas placentas. E quero o instante primeiro. Esse sabor de virgindade, assim como alguém que descobre um autor que diz coisas nunca antes lidas. Eu quero a premissa exata de uma nova vida. A sensação de regozijo presente na atmosfera do eterno descobrir. Eu quero rever os móveis abandonados do meu existir. E novamente sentar numa velha cadeira e parir uma angústia nova. Eu me sei mais agora. Por isso, posso fincar bandeiras em pontos inóspitos de uma existência.