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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Final de semana: pausa para ver dois filmes em cartaz: Che e Divã.

Vamos ao primeiro filme, Che, dirigido por Steven Soderbergh, e que traz no elenco Benício Del Toro (no papel título), Rodrigo Santoro (como Raúl Castro) e Demián Bechir (ator mexicano que faz o papel de Fidel Castro). Eu estava bem curioso para ver esse filme, porque tenho admiração pela trajetória de Che e também porque tenho interesse em assuntos ligados a América Latina. E, por outro lado, ainda veria Rodrigo Santoro em mais uma participação internacional, falando espanhol com sotaque cubano (não é mole, não!).

Antes de mais nada vale dizer que esse filme é um épico que o diretor dividiu em duas partes: Che - O Argentino e Che - A Guerrilha. E um fato interessante é que ele pode, de acordo com o contexto, ser considerado uma continuação do filme Diário da Motocicleta (de Walter Salles), onde nos é apresentada a figura do jovem Che que devido a uma viagem com um amigo pela América Latina, começa a se sensibilizar com os problemas encontrados pelo povo. Ou seja, mostra o Che por trás do mito – o que é bastante louvável. E já em Che, brilhantemente interpretado por Benício Del Toro, já temos a figura do guerrilheiro que, ao lado de Fidel Castro, tramam a derrubada da ditadura de Batista.
É um filme muito bom. Principalmente por mostrar esses fatos históricos que geralmente estão fora da História Oficial que nos é contada nas escolas. E mostra Che como um ser humano como outro qualquer que acreditava na guerrilha como forma de tomar o poder e trazer melhorias para o povo. E como um ser humano qualquer ele está sujeito a falhas e também a acertos. Afinal, o Che é muito mais do que uma estampa em camisetas tão usadas por jovens de diferentes épocas. E por causa disso passa a ser um filme obrigatório para todos jovens que tem interesse em conhecer um pouco mais dessa figura revolucionária. Já que muitos usam essas camisas e sabem bem pouco sobre esse mito.

A narrativa escolhida pelo diretor de Che é bem interessante, mostrando momentos da organização da guerrilha e, ao mesmo tempo, Che Guevara em 1964, quando este representou Cuba nas Nações Unidas. E a própria disposição da câmera quando apresenta trechos da entrevista de Che a uma jornalista nos dá uma sensação de estarmos diante do próprio, já que a semelhança física de Del Toro com o guerrilheiro é enorme.
Os momentos de guerrilha também são bem verossímeis. E Rodrigo Santoro tem uma participação discreta e, ao mesmo tempo, grandiosa, já que cumpre bem o seu papel.



Agora vamos ao Divã, filme dirigido por José Alvarenga Jr, baseado em texto de Martha Medeiros, a partir do roteiro de Marcelo Saback, que traz Lília Cabral no papel principal. O filme é interessante, mas sinto que falta alguma coisa. É como se comêssemos um bolo de chocolate – e bolo de chocolate é sempre bom -, mas sentimos falta de uma suculenta cobertura de brigadeiro, entende? A platéia no dia que fui parecia se divertir bastante com o que era apresentado. Eu olhava tudo atentamente, mas ao mesmo tempo continuava sentindo falta da cobertura. Sou fã de Lília Cabral. Ela está bem, divina. Mas o filme seria melhor se fosse um curta (que maldade! rsrs). Sinto que tem algumas sobras. Algo que poderia ter sido retirado. Como não vi a peça, não sei como funcionava no teatro. Mas acredito que, talvez, funcionasse melhor. No telão, algumas coisas soam pueris demais e rasas. O humor também é bem dejà vu. Até a cena em que Mercedes (Lília Cabral) finalmente resolve aproveitar as coisas boas da vida sem culpas, e fuma um baseado com o seu namoradinho (Reynaldo Gianecchini), remete-me a outra cena, também feita por Lília Cabral no filme A Partilha, em que ela, fazendo uma personagem durona, fuma um baseado e se acaba de rir com as irmãs. E vale dizer, A Partilha também é um filme que poderia ser melhor. Baseado no texto de Falabela, acredito que no cinema o resultado foi bem aquém do que no teatro.

Porém, Divã parece caminhar para ser um sucesso. Muito me assustava como as pessoas se acabavam de rir e muitas vezes ameaçavam aplaudir as cenas. Eu achei no máximo interessante, mas não consegui gargalhar. Ri em raros momentos. Porque vi certas coisas que, ao meu ver, serviram para maquiar alguma falta de conteúdo da obra. Por exemplo, qual a necessidade do personagem de Reynaldo Gianecchini – o primeiro namoradão de Mercedes – levá-la para o alto de um prédio (como o cenário de Matrix quando Keanu Reeves faz a famosa coreografia em que se desvia de balas) para terminar a relação? Tudo bem, o cenário é lindo, mas... Assim como a cena em que Mercedes fica deitada nua, depois de fazer amor, com os pés para cima, encostando na janela, enquanto pingos de chuva a molham. É bonito, mas parece que dentro do filme isso não flui natural ou mesmo tempo não nos remete para outras cenas de igual poesia.
Realmente, Divã seria um ótimo especial de fim de ano da Globo. Mas, como filme, ficou a vontade da cobertura de chocolate.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Todos aos pés da Internet


Todos aos pés da Internet

por Raul Franco


Quem me conhece sabe bem que sou fã de computador, em especial Internet. Amo mesmo. Já fui mais viciado, é lógico. No começo das minhas “navegações”, já cheguei a ficar 12 horas conectado. Loucura total! Hoje só fico 10 horas. Brincadeira! (rsrs). Mas acho incrível o alcance que podemos ter com a Internet e o quanto podemos nos beneficiar dela.

Posso falar de N coisas que fazem com que a Internet seja uma poderosa ferramenta nas mãos. Uma delas são as facilidades que ela proporciona. Tipo assim, você está fazendo um artigo e não lembra alguns dados de algum objeto de sua análise. Em outros momentos você teria que sair da sua mesa de trabalho, procurar algum livro, enciclopédia, ou mesmo ligar para alguém que tenha esse dado. Agora em questão de segundos você já tem acesso a essa informação. Digita no google, acessa dados no site Wikpedia (que é uma valioso banco de dados virtual). E pronto! Segue no seu artigo sem desperdiçar tempo.

É claro que facilitou muito. Mas o computador ainda não produz idéias. Graças a Deus! Pode, no máximo, com a Internet, possibilitar os plágios. Estudantes hoje em dia devem fazer os seus trabalhos facilmente, pois podem apenas ficar acessando informações sobre determinados assuntos da disciplina e executar o ctrl + c e ctrl + v. Pra quem não sabe o que é isso, simplifico: o cara fica copiando e colando, copiando e colando. Ele utiliza várias fontes e faz uma colagem e já tem o trabalho da escola. Tenho certeza de que rola isso.

No meu tempo eu tinha que ir consultar mil livros e escrever à mão. Mesmo na faculdade (eu entrei em 1993 e me formei em 1996 em Ciências Sociais), já que só passei a ter computador em 1994 e só depois de um tempo é que comecei a usar a Internet.

A Internet começou a entrar na minha vida mais intensamente a partir de 1999, quando ia a casa de um amigo e ficava pesquisando – afinal, não tinha Internet em casa. E só fui ter Internet em casa a partir de 2003. No início travei uma guerra com isso. Porque acessava coisas e os vírus começavam a destruir o computador. Eu não tinha anti-vírus tão potentes. E nem vou entrar nessa discussão de vírus porque aí a discussão vai ser longa. E isso é o lado ruim da Internet. Tem gente que produz ótimas coisas para o bem, gente que constrói blogs legais, sites de pesquisa e armazenamento de dados interessantes e gente que passa a vida criando vírus para destruir os computadores alheios ou tirar proveito disso para pegar senhas de banco, etc.

Mas vamos nos deter nas coisas boas. Eu, por exemplo, nem acesso mais os meus cds que estão empoeirados nas estantes. Se preciso de uma canção, em segundos já estou baixando na Internet. E isso tem o lado bom e o lado ruim também. Porque as músicas perdem um pouco da história. E eu sempre fui um cara viciado em ler encartes de discos. Eu sou um daqueles que lêem o que está entre parêntesis abaixo do título da canção – coisa que pouca gente faz. E é o lugar onde encontram-se o nome dos autores. Como sou autor, sempre tive essa preocupação. Afinal, as coisas são criadas. Não existem do nada. Mas nesse tempo de pessoas baixarem tudo que é tipo de canção, essas coisas perdem um pouco o sentido.

Lembro uma vez que fui viajar de carro para SP e uma amiga levou um cd que ela disse ser dos Tribalistas. Mas era um cd gravado. E perguntei como ela tinha conseguido e ela me disse que foi o primo dela quem gravou. Ok. Fomos escutando e lá pelas tantas eu ouvi uma canção que é do disco O Silêncio (o terceiro solo do Arnaldo Antunes). E é uma canção em que ele canta com a sua ex-mulher, Zaba Moreau. E eu afirmei: “Ei, isso não é Tribalhistas!”. Mas minha amiga afirmava que sim, porque o primo tinha baixado e dito que era. Ela disse, inclusive: “Olha, tem a voz da Marisa junto com o Arnaldo”. E eu ri, continuando afirmando: “Não, isso é a mulher do Arnaldo”. Ou seja, ela ia levar adiante a idéia de que o disco era dos Tribalistas, quando, na verdade, não era. Era uma junção de canções, umas, é claro, dos Tribalhistas, mas outras não. Essa, por exemplo, é de um dos caras dos Tribalistas, Arnaldo, mas não é Tribalhistas (rsrs).

Isso eu acho bem chato. Porque quando alguém grava um disco, ou faz um livro, também pensa na ordem das canções ou textos. Quando se joga na Internet, as músicas não tem época, nem história, nem ordem. São apenas músicas. Então, se um jovem hoje ouve uma canção do Geraldo Vandré, Pra não dizer que não falei das flores, vai analisar com a sua visão de hoje, como se a música fosse de hoje? Ela, assim, vai perder toda a sua carga histórica. Concordam?

Dessa maneira, é como, no passado, acontecia com os discos de coletânea que eu não gostava de comprar. Tipo disco com trilha de novela. Porque sempre gostei dos encartes, de saber quem eram os autores. E esses discos não tinham. No máximo para saber o autor, em alguns casos, eu tinha que ler no próprio vinil, naquela bola onde se encaixava o pino (nossa, um cara de 15 anos não vai saber o que é isso, não conseguirá visualizar... rsrsrs).

As músicas, postas assim, acessível a todos na rede, perdem esse sentido que, para quem cria, é primordial. O mesmo podem acontecer com textos. Já vi citações de textos atribuídos a determinados autores, quando, na verdade, são de outros. E está na rede. Quem vir isso, e não se aprofundar, pode passar adiante afirmações erradas. O que é uma pena! Mas toda coisa boa, e extremamente acessível, também traz em si elementos nocivos e catastróficos.

Mas vamos avançar nessa análise e ir para outro aspecto. Eu, por exemplo, devo muito a Internet. O meu trabalho, no caso artístico, e mesmo de autor de textos, ganharam uma dimensão interessante na Internet. Quando cheguei ao RJ, em 1997, e fazia peças, não tinha a facilidade de divulgação que hoje tenho. Fiz uma peça chamada Casal Consumo, dirigida e escrita por mim, com a colaboração de Wendell Bendelack, e era bem legal a receptividade da platéia. Porém, éramos muito novos e não tínhamos muita experiência em produção, mas metemos a cara e fomos adiante. E, vale ressaltar, não tínhamos essa facilidade Internética. Iniciamos temporadas da peça em 1998. E batalhamos muito. Sabíamos que a peça tinha potencial, mas nos faltava conhecimento para fazer com que as pessoas fossem nos assistir. Mesmo assim, fomos fazendo apresentações em bares, casas noturnas, etc. Até que em 2002 voltamos a fazer temporada da peça. E essa foi a primeira vez que usamos a Internet para divulgar. Eu ia a casa do Wendell, que não sabia muito mexer na Internet, e fuçava sites onde poderíamos divulgar a peça. Até que entrei num que falava sobre a programação do RJ e os internautas comentavam sobre os espetáculos que assistiam e divulgavam para as pessoas. Lá, acabamos sendo a quinta peça mais acessada do mês em que estávamos em cartaz.

Isso é apenas o começo do que eu quero falar aqui. Daí salto para o momento atual. Hoje tenho um trabalho com a minha Cia Os Fanfarrões e já somos fruto desse tempo. Começamos a formar essa cia em março de 2007. E iríamos estrear em agosto do mesmo ano. Aí eu já mexia bastante com a Internet, já era um internauta experiente (rsrs). E eu e o Mineirinho, meu parceiro, produzimos a peça (no que diz respeito a tudo: figurinos, textos, direção, etc). Mas faltava algo para atacarmos na divulgação (e sem dinheiro, fizemos uso da criatividade). E a ferramenta encontrada foi o youtube. Lembro que em 2006 eu fazia outra peça de comédia, Tubo de Ensaio. E chegamos a falar sobre youtube, que era um site ótimo e tal, bom para divulgar. Mas eu nem sabia o que era. Não tinha conta lá, nada. Fui fazer minha conta em abril de 2007, pensando na divulgação que poderíamos fazer no site. E lá mesmo no youtube fomos pesquisar vídeos engraçados, que serviram de inspiração para nossas criações. Antes, eu já tinha visto coisas no site, mas acho que não dei muita importância. As coisas não eram tão claras pra mim. Mas foi lá que conheci Diogo Portugal (um comediante curitibano dos bons que faz Stand Up. Acho, inclusive, que Diogo foi o primeiro Stand Up que vi na rede). Conheci também Danilo Gentili, Rafinha Bastos (ambos hoje no CQC), Michel Coutemanche (um mímico canadense excelente – essa foi a minha grande descoberta) e David Armand (mais conhecido como Johann Lippowitz – seu personagem – e que faz interpretações corporais de canções, como a famosa Torn, da Natália Imbruglia). É claro que este último tem influência direta no meu trabalho. E tudo isso só foi possível graças a Internet.

E acredito que o grande barato do youtube, por exemplo, é poder jogar o seu trabalho na rede e ver a receptividade dos internautas em relação a ele. Tem muitos vídeos que se tornam virais rapidamente. Outros estacionam nos acessos, pois logo o internauta perde interesse.

O interessante é que hoje o público que vai ao teatro ver uma comédia, muitas vezes é o mesmo que consome compulsivamente vídeos do mesmo gênero na Internet. E chegam ao teatro já conhecendo muitas coisas que o artista vai apresentar. E dão aquela piscadinha ou estaladinha de boca quando se deparam com aquilo que já lhes é familiar, por conta da Internet.

Outra coisa que está intimamente ligada a isso, é o fato de muita gente hoje ter câmeras filmadoras ou digitais que filmam ou mesmo celulares que captam imagens em movimento. Então, tornou-se extremamente fácil poder captar imagens. E principalmente postá-las. O próprio youtube, no começo, só aceitava vídeos para postar no formato wmv. Hoje ele aceita todos os formatos. E cada instrumento desse que filma, na maioria dos casos, é de um formato específico. Então, você tem os formatos mov, 3gp, mpeg e, vídeos da Internet, por exemplo, em flv. Mas todos já podem ser postados no youtube. O que tornou essa brincadeira mais fácil.

O interessante é que muita gente agora tem essa mania de filmar peças quando vão assisti-las. Então, se gostam da cena, já pegam algum aparelhinho para essa função e começam. Imagino quantos vídeos meus devem existir por aí sem que eu saiba!

Enfim, hoje essa propagação de vídeos é imensa. E foi o que nós dos Fanfarrões buscamos fazer: divulgar nossos vídeos via Internet. E começamos com uma coisa meio estranha (pensamos em fazer um vídeo tosco que atiçasse a curiosidade). E o primeirão foi o vídeo da chamada da peça que, na verdade, era uma boca de um palhaço chamando: peça, peça, peça!!! Lembro que teve gente que disse:”Gostei, mas vocês poderiam ter feito de forma melhor”. Ficamos frustrados. Pois o nosso objetivo era a busca do tosco (rsrsrs). Afinal, pesquisamos dezenas de vídeos e vimos a presença dessa estética (rsrsrs).

E seguimos postando trechos de cenas, ensaios. Usamos a criatividade para que passássemos a existir na REDE. E como começamos a postar os vídeos em abril e só fomos estrear em agosto, tinha gente que chegava conosco e dizia: “Pô, os Fanfarrões estão arrebentando, né?”. E nós nem havíamos estreado (rsrs).

Até que com o passar do tempo conseguimos o nosso vídeo “bombado”: A Pantomima do Bochecha! A primeira cena que postamos integralmente na rede. E foi postada em outubro de 2007. E se tornou um fenômeno, sendo apelidada pelos internautas de Karaokê para surdo e mudo. Trata-se da cena em que faço uma pantomima ao som da canção FICO ASSIM SEM VOCÊ, na voz de Adriana Calcanhoto.

O bom da história é que depois desse sucesso nossa agenda de show aumentou. E fui parar em programas de TV, podendo, assim, divulgar ainda mais o trabalho da Cia.

E cada vez mais me espantava com o aspecto viral desse vídeo. Teve gente que ou baixou do youtube ou mandou por e-mail o arquivo do vídeo ou postou em sites ou essas três coisas juntas. Quando fui fazer algumas divulgações do nosso show que estrearia em outros Estados, como Bahia, muita gente mostrava que tinha o vídeo salvo no celular. Surpreendente!

Um amigo meu, Paulinho Serra, também excelente ator e comediante, famoso na rede pelo seu Traficante Gay, disse algo bastante elucidativo. Ele falou que na Internet a coisa é bem menos efêmera que a TV. Porque ele havia feito uma novela e muita gente já havia esquecido, mas sabe do seu vídeo. E tem o vídeo salvo no computador, no celular, etc. Isso é realmente um fenômeno.

Afinal, tantas coisas provaram que esse é um caminho possível. Maria Alice Vergueiro, que é uma atriz de longa estrada no teatro, TV e cinema, ficou extremamente famosa pelo seu TAPA NA PANTERA. Para as novas gerações, Maria Alice Vergueiro é a “mulher” do Tapa na Pantera. Ironias da vida!

A atriz Cris Nicolloti e o seu vídeo onde canta a canção Vai Tomar no Cu também é um desses fenômenos da rede. Ela pode ter feito mil coisas, mas todos vão lembrar disso. E isso impulsionou o sucesso da peça que trazia essa canção.

Então, no nosso caso específico, a Internet é mesmo essa grande ferramenta. Eu mesmo digo: “Só preciso de um computador com Internet. Aí, conquisto o mundo!”. Sabendo usar, você pode mesmo divulgar o seu trabalho. E se ele for bom, depois caminhará sozinho, irá fazer a festa das famílias diante do computador. Porque, com certeza, hoje muitas famílias se reúnem diante do computador. Como antes faziam em frente a TV. Ou muitos ficam em frente dos computadores – já que em muitos lares, cada membro da família tem o seu PC – e comentam sobre as coisas que viram no intervalo de uma água na cozinha. Se são coisas legais, eles se encarregarão de propagá-las.

E fora mil coisas legais ainda: como o contato direto com as pessoas que admiram o nosso trabalho. Eu mesmo me encarrego de procurar responder a todos. E tem gente que se assusta de ser eu mesmo o cara do vídeo que elas, por ventura, tenham assistido.

Enfim, por hoje é só, já que esse texto ficou enooooooorme! E tem gente que morre de preguiça de ler textos em frente ao computador. Eu sou uma dessas pessoas! Se mandassem esse texto pra mim eu não leria. (rsrsrs) Mas, se você chegou até aqui, muito obrigado!!!



segunda-feira, 6 de abril de 2009

POLÊMICA




Uma coisa de que sinto muita falta é da boa polêmica. A polêmica construtiva e extremamente crítica!

Porque hoje em dia quem fala de polêmica são as revistas de fofoca, de mentalidade mediana que só se preocupam em vender matérias excessivamente imbecis, envolvendo questões medíocres.

Lembro de uma manchete, certa vez, falando de uma polêmica da cantora Ana Carolina. Disseram que ela iria gravar a canção Eu Gosto de Mulher, do Ultraje Rigor. Agora eu pergunto: que polêmica há nisso? Desde o começo estava na cara dela a sua preferência sexual. Ela apenas sublinhou isso ao gravar a canção. Isso, pra mim, não traz polêmica nenhuma. Polêmica é você abrir leques de opções para um debate mais amplo acerca de algum assunto, principalmente, de interesse social.

Outro exemplo são revistas denominarem sempre a Preta Gil (que se diz cantora) como polêmica. Que polêmica ela faz? Dizer que já participou de suruba e tal. Ah, tá... Nossa, como isso é super-interessante! rs Não vejo nada de mais e tão pouco acho relevante suscitar isso. Afinal, jamais queria estar na mesma suruba que a Preta Gil.

Polêmica mesmo era poder ouvir questões levantandas por Gilberto Gil e Caetano Veloso na fase fase tropicalista. Aquilo tinha um interesse grande.

Infelizmente, hoje em dia as pessoas ainda acreditam que as grandes polêmicas estão em programas como o BBB9. Então, estou perdido! Porque não tenho o mínimo interesse por programas como esse! Que pena que eles ainda existem!

Saudade do Provocações, de Abujamra. Programa feito com cérebro, estimulando outros a se exercitarem também.

Enfim... por hoje é só!

Fanfarrões na FM O DIA



Quinta-Feira, dia 03/04 , Os Fanfarrões Raul Franco e Bianca Guedes estiveram na FM O Dia para participarem do programa de Vítor Júnior e Viviany Tenório. Passaram a madrugada lá, brincando com os ouvintes e divulgando o show de humor Fanfarrões Sem Conserto que está em cartaz nas sextas, 21h30 no Espaço Cultural Big Apple (Shopping Barra Square).
Mineirinho de Maceió não pode ir, mas mandou uma energia positiva para os dois que se divertiram muito na rádio.