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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Poema-homenagem a Michael Jackson


Passos na Lua – de Raul Franco


me sinto só

agora e... talvez sempre

mas sempre é uma palavra

que devasta

e amedronta


- pela dimensão –


eternidade

saudade

solidão


o sempre é só uma palavra

que me assusta sempre


sempre essa surpresa

e agora a voz presa

na pressa de expressar

o que sei: foi de rara beleza


ele: distante

com seus passos na lua

literalmente

absurdamente leve


never more


nem black

nem white


alma na amplidão

de um gyga byte


a ele a minha saudação

e a certeza desesperada


mesmo querendo o contrário

esse sempre é o que enfraquece

por isso peço em prece

que ele dê um abraço em Gene Kelly

para dançar a saudade

no tempo de um suspiro...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson não morreu!!!


Parece que não é verdade!
Parece que estou sonhando!

Parece uma loucura sem pé nem cabeça!

Parece um absurdo inventado para perturbar o nosso dia!

Parece que é apenas um desses trotes da Internet!

Mas, infelizmente, é a mais pura verdade: o Rei do Pop não está mais entre nós.




Antes, uma coisa curiosa: ontem eu estava com minha namorada nas lojas Americanas do Rio-Sul (RJ) e tentei comprar um DVD do Michael Jackson. Tinha uma etiqueta em muitos DVD’s que acusavam o preço de R$ 14,99. Mas eu vi um que marcava R$ 9,99. Então, obviamente, optei por ele. E levei ao balcão para pagar. No computador estava o preço de R$ 14,99. Fiquei esperando o rapaz que teria que ver isso na máquina e corrigir. Esperei uns longos 10 minutos. Até que minha namorada disse: “Vamos!”. E ainda vi o cd Dangerours por R$ 9,99 também. Só que a irritação da espera já tinha tomado conta de mim. Minha namorada disse: “deixa isso pra depois”. Voltamos pra casa.


E hoje, após chegar do meu ensaio, entro no Twitter, por volta de 19h30 (horário de Brasília) e vejo pessoas escrevendo: Michael Jackson morreu”. Eu pensei que se tratava de uma brincadeira, como muita gente costuma fazer. Fiquei debochando, dizendo: “Ah tá, Michael Jackson morreu e Sílvio Santos também”. E fiquei twittando, ironizando a notícia. Procurei no Google e vi que Michael realmente tinha tido uma parada respiratória. Aí comecei a ficar apreensivo, mas pensava que se tratava apenas de uma coisa grave que se resolveria em dias. Liguei a TV. Passou um tempo, a apreensão aumentou, até que a repórter confirmou: “Michael Jackson está morto!” Simplesmente inacreditável!



Logo realizo um voo cego ao passado. E caio no tempo em que Michael reinava único. Era a época que o enigmático e potente álbum do astro estava em primeiro lugar em todas as paradas: Thriller (1982). E lembro de uma das coisas mais curiosas da minha infância. Acho que era o ano de 1983 ou 1984. Eu havia ido passar férias num lugar no Pará chamado Salinópolis (onde tem praia). Sempre viajava para lá em julho. E dessa vez eu fui com minha avó Nydia (mãe do meu pai). À noite íamos para um local onde todos iam passear – local este denominado de “pracinha”. E lá tinha uma porção de barraquinhas, vendendo coisas de surf, malhas, bijouterias. Uma barraquinha foi extremamente ousada: colocou o vídeo-clipe Thriller para passar lá. Aquilo pra mim foi algo inesquecível. Porque a gente se amontoava na apertada barraquinha para ver aquela coisa altamente moderna para a época: um clipe como um filme, onde tinha uma história e o cantor virava lobisomem, além de ter uma coreografia altamente surpreendente e impactante, e o que é melhor: feita com monstros assustadores. O mais engraçado era o fato de eu, por ser bem pequeno, mal conseguir passar pelas pessoas para chegar até um local onde pudesse conferir todo o clipe. Mas aí também estava o barato: todas as férias torcia para chegar à noite e eu ir para a “pracinha” pegar fragmentos dessa obra-prima de Michael. Ao fim das férias, já tinha visto o clipe inteiro. Porque o mundo ia para lá ver e depois comentar embasbacado. Essas férias foram marcadas por isso e também pelo fato de minha vó brigar de dar dinheiro para o meu lanche e eu gastar com buttons com a imagem de Michael Jackson.




Enfim, o que sei é que tenho várias histórias para contar sobre o astro pop. Mas foi essa que pegou de cara os meus olhos virgens para essa grande novidade. Olhos que brilharam profundamente e mal conseguiam piscar diante do novo Gene Kelly. Aquilo era muito novo.

É claro que desde cedo, ainda com os Jackson 5, Michael estava traçando uma trajetória brilhante que teve o auge na elaboração do Trhiller, seja o disco ou seja o clipe. Mesmo sendo criança, eu jamais esqueci o que aquilo me provocou. Ali estava o novo. E era o começo da década de 80. Muitas coisas ainda viriam pela frente. Mas essa avalanche moderna veio com ele, Michael, que, não à toa, fez jus ao título de Rei do Pop.


Agora, uma pausa, antes do sono, para ainda digerir essa triste notícia de hoje.


O dia 25 de julho será marcado para sempre por esse episódio.


E minha alma juvenil insiste na pueril afirmação, a mesma que se fez ao Elvis: MICHAEL JACKSON NÃO MORREU!!! (lágrimas!)


quinta-feira, 18 de junho de 2009

O que é um peido pra quem tá todo cagado?


Estava passeando por uma comunidade do orkut e li um tópico que se intitulava: “O silêncio cairia bem”. E no corpo do tópico alguém dizia: “que absurdo o que a Ivete Sangalo falou!”. E mandava o link de um site. Na hora, pensei: Nossa, qual bobagem a nossa cantora de axé falou?”. Pensei que ela, de repente, pudesse ter falado algo sobre política ou sobre outra coisa que demonstrasse a sua total ignorância a respeito de um assunto.


Ao chegar ao site (www.raciociniocritico.com) , eu me deparo com esse texto:


“Refiro-me, especificamente, à declaração lamentável da cantora Ivete Sangalo no programa Domingão do Faustão do último Domingo, dia 24. A mencionada jamais se destacou por palavras inteligentes e observações pertinentes - mesmo porque seu papel de pop star do axé não requer tais qualidades; pelo contrário, extroversão e certa pitada de vulgaridade costumam ser, infelizmente, características da maioria dos pop stars do axé.


Confesso que sequer me recordo qual foi a pergunta do apresentador do programa dominical, mas a resposta da supramencionada foi de uma baixeza e vulgaridade que conseguiram despertar a minha atenção: 'o que é o peido para quem está cagado' foi a declaração expelida pela cantora, que obteve o grande feito de constranger o anfitrião - para muitos uma pessoa 'inconstrangível'”.


Na hora, falei: “Cara, eu fui até o site para ler uma bobagem dessa!”. O melhor foi ver a construção do texto do autor: ele fala de uma indignação total com uma frase ouvida num programa dominical. E conduz o leitor até a descartável constatação do que a Ivete Sangalo falou. Gente, esse rapaz esperava o quê? Ele está assistindo a um programa extremamente popular com um apresentador famoso por sua interrupção dos entrevistados, e diz que ficou indignado com uma frase de uma cantora de axé, a mesma que cantou “quer andar de carro velho, amor, que venha / porque eu sei que andar a pé, amor, é lenha”. Ele ‘tá de brincadeira! Se for um texto humorístico, é de matar de rir. Olha, eu não sou nenhum fã da Ivete, mas nos últimos tempos tenho até visto muita coisa dela. E se ela disse isso no programa do Faustão, acho perfeitamente condizente com a sua conduta, afinal, ela sempre fez o caminho inverso da estrela. Quer dizer, Ivete sempre foi a anti-estrela no melhor sentido. Ela se mostra do povão, fazendo o seu trabalho e cantando para a massa (olha que termo mais apropriado!). E muita gente curte essa cantora por isso mesmo. Então, ela nada falou do que a língua do povo. Qual o mal nisso? Rs Eu ficaria indignado se visse a Ivete em um programa de domingo querendo falar sobre Física Quântica ou sobre Grotowski, por exemplo (leia esse blog que você vai entender sobre isso – rsrs). Aí sim eu iria ficar revoltado com a Ivete. Agora ela falando sobre peido, está tudo certo, tudo normal, o esperado.


E eu preocupado com o comentário da atriz Isís Valverde sobre um importante encenador teatral, Grotowski... Tanto que fiz um vídeo falando sobre isso e postei um polêmico texto aqui no meu blog. Vejo que tem gente mais preocupada com banalidades. E eu só tenho que achar graça. rsrs


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Só depois de escrever aqui é que vi que tinha um complemento do texto que citei do site www.raciociniocritico.com. Vai o complemento:


A cantora é a prova viva e irrefutável que dinheiro, fortuna e sucesso com o público nem sempre fazem com que a pessoa avalie sua postura e busque um mínimo de educação, discrição e bom senso em suas declarações. Pelo contrário: quem vê a supramencionada em cima de um trio elétrico com roupas extravagantes falando palavras de baixo calão sempre com conotações sexuais - independente da precocidade de seus fãs - não deve ter se assustado com as palavras da rainha do axé no programa dominical. Pior: o público que se escabela por Ivete Sangalo pode ter até gostado do que foi afirmado e selado a baboseira com um decidido: 'êta mulher retada'. A imaturidade do público e a predisposição verbal ímpar da artista realmente preocupam.

Esses fenômernos comuns no mundo do axé e do pagode criam distorções que devem ser acompanhados por pais e profissionais da área de saúde mental por alguns motivos importantes: primeiro, que na Bahia os jovens crescem - musicalmente falando - sob a égide desse tipo de música e, dessa forma, o alcance que tais posturas e compartamentos atingem é incrível; e segundo que, infelizmente, os jovens tendem a imitar o vocabulário e atitudes desses artistas - algo natural considerando a idade de boa parte do público. Perpetua-se, assim, o desejo de ser igual a Carla Perez, Ivete Sangalo e outras que com certeza virão.

Nada contra o estilo musical e a condição financeira que uma estrela desse estilo musical pode alcançar, mas acho profundamente lamentável uma criança baiana ter desde o nascimento o desejo de ser igual a Ivete Sangalo. Financeiramente, é a solução de muitas gerações. Entretanto, é preciso dizer aos jovens que nutrem esse sonho que além do talento e do trabalho é crucial ter respeito aos brasileiros em geral e não sair expelindo bobagens em cadeia nacional. Se o público dela aplaudiu, o que resta é lamentar a atrofia crítica dessas pessoas; porém, não somos obrigados a ouvir tamanha baboseira de uma artista que serve de exemplo para crianças inocentes.

Artur Salles Lisboa de Oliveira.

Então, agora já sei o nome do autor. E justiça seja feita: o texto está bem escrito e demonstra a sua posição sobre isso. Só que, inevitavelmente, afirmo que a sua visão quixotesca também é digna de gargalhadas. Mas prefiro ler alguém guerreando contra isso do que ver Kelly Key lançando CD novo. O senhor Artur Salles Lisboa de Oliveira foi sincero em sua colocação. Eu é que sou muito cético e cínico (eita combinação bombástica).

Bom dia! Agora deixa eu correr que eu ainda tenho ensaio!


terça-feira, 16 de junho de 2009

Sensações, posições e opiniões


Eu acredito que todo artista tem que trabalhar com a sua verdade. Jamais pensei em mentir, em mostrar ao meu público o que eu não sou. Sempre que me dedico a um trabalho, eu aposto na verdade. O público sabe detectar quando você é um farsante, um mentiroso. O bom mesmo é quando você é aclamado por sua verdade. E quando a conquista provém disso, temos mais é que comemorar e saber que estamos cumprindo uma missão! E minha missão é cumprida assim, com o que tenho de mais sincero. O palco me exige isso e eu dou com toda a satisfação de saber que ao voltar pra casa, dormirei, com a cabeça relaxada, sabendo que fui transparente e verdadeiro ao máximo.




No Big Apple o que os Fanfarrões fazem é produzir um entretenimento de primeira. Afinal, lá é um restaurante. Não tem o ambiente sagrado de um palco de teatro. O esquema é outro, é outro raciocínio. Estamos lá para distrairmos/entretermos o público. E se por um momento o público esquece de pedir o próximo chope é porque se perdeu (ou se achou) no meio de alguma das nossas cenas. Isso é a magia desse espaço. Temos que lidar com o que acontece na hora. Tem garçom passando, gente levantando para ir ao toalete, barulho de conversa, o som vindo lá de fora. É pura adrenalina! Lá estamos vivos no melhor sentido da palavra. E é bom poder realizar um trabalho como o nosso fora de um espaço teatral. Afinal, nos muitos eventos que fizemos, a maioria era em outros espaços. Já fizemos até na sala de uma cobertura em Ipanema. O bom é saber que o nosso trabalho cabe em qualquer espaço. Conseguimos essa vertente. E vamos que vamos! O importante é acreditar na magia do riso como forma de acariciar a alma!


FANFARRÕES toda sexta, 21h30, no Espaço Cultural Big Apple (Av. das Américas, 3555 - Barra / RJ - Shopping Barra Square).

Mal Acostumado


Sexta, dia 12/06, tivemos mais uma noite de diversão com Os Fanfarrões lá no Big Apple (shopping Barra Square). Foi uma noite ímpar, onde tivemos duas aniversariantes comemorando conosco e, é claro, também homenageamos o dia dos namorados com a estreia da Rádio Fanfarrônica, brincando com a ideia de um correio sentimental com muita troca de mensagens românticas e amorosas.


O espaço do Big Apple foi pequeno para tanta gente que, apesar de um dia frio depois de uma forte chuva à tarde, apareceu para se divertir. No palco representando Os Fanfarrões estavam Bia Guedes e Raul Franco. Como convidados, o grupo As Lucianas, apresentando o esquete A Falsa Magra, e Alexandre Paim. Depois do show de humor ainda teve muito flash back para todo mundo balançar o esqueleto.




Já no sábado, dia 13/06, fui participar do projeto de humor Vem Pra Rir, em São Gonçalo, no Teatro Carequinha. Eu e o Marcos Castro fomos os convidados da noite desse projeto que visa levar cultura e entretenimento para a população de lá, tão carente de uma programação como essa, que reúne diversos artistas mostrando o seu trabalho, que pode ser stand up, pantomima, mímica, improvisação, personagens, etc.


Para minha surpresa, ao chegar ao teatro já vi uma fila enorme. E o mais bacana foi ver uma produção preocupada com todos os detalhes, dando o melhor de si para alcançar um bom resultado.



A noite foi ótima. A platéia seguiu a risca mesmo o nome do projeto: FOI PARA RIR. E não parou de se divertir e de gargalhar um minuto sequer a cada cena apresentada. Nossa, assim vou ficar mal acostumado! rs

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A minha intuição, às vezes, falha!




Logo que vi a divulgação do filme A Mulher Invisível fiquei com um certo receio de assistir. Pensei que se tratava de mais uma comédia romântica dessas sem sal, repleta de obviedades. A la Avassaladoras (de Maura Mourão). Ou mesmo uma comédia igual a tantas que abomino, como “Trair e coçar é só começar” e coisas mais sem graça como A Casa da Mãe Joana. Mas, enfim, fui acompanhando a divulgação do filme. Comecei a ver as cenas. E, é claro, pensei: “Pô, é com o Selton Melo! Ele não vai fazer qualquer coisa”. O bom é quando um ator chega nesse patamar de passar credibilidade em tudo que faz. E não foi que ele não fez qualquer coisa?!

O filme A Mulher Invisível, de Cláudio Torres, é uma super-comédia. Dessas que valorizam o cérebro, com diálogos impagáveis e um ritmo altamente gostoso, onde sente-se que a história flui naturalmente sem breaks desagradáveis. Pra variar, Selton está ótimo. E a tal mulher invisível, Luana Piovani, também está no seu melhor papel, e o que é mais interessante: sem medo de ser bonita! A combinação da beleza de Luana e a sua simplicidade de atuação, ao mesmo tempo precisa, fez com que a química entre ela e Selton se desse da melhor forma. A atriz Maria Maoella também surpreende com a sua composição da mulher tímida apaixonada por seu vizinho.


Outra coisa bem forte do filme é a trilha. A dinâmica das transições são maravilhosas, sempre marcadas por canções pop, por vezes emblemáticas das situações e outras servindo perfeitamente aos climas propostos. E vamos seguindo o filme com a pressa de desvendar, cada vez mais, essa deliciosa história.


Eu fui acompanhando atentamente o filme e evidentemente fui me divertindo e rindo muito. E lá pelas tantas ainda pensei: “Nossa, o filme já está bom pra caramba, mas ainda vão ter as cenas em que Selton vai ‘atuar’ com a Mulher Invisível, ou seja, vai atuar com ninguém”. E esses momentos são absurdamente hilários e comoventemente enlouquecedores. Muito bom!



Selton Melo tem uma atuação brilhante, digna de Steve Martin em “Um espírito baixou em mim”. E mais: já quase para o final, quando Selton parece surtar de novo (a primeira vez que ele surta é quando o seu amigo, personagem interpretado por Vladimir Brichta, afirma que sua mulher não existe) e vai para seu apartamento encontrar a sua Mulher Invisível em uma banheira, quase posso ver em Selton uma atuação a la Jack Nicholson em Melhor Impossível. E não poderia também deixar de pensar em Jim Carey em O Mentiroso. Enfim, Selton é cinema puro, tanto que os mais atentos vão entender a homenagem que o ator faz ao ET quando o seu personagem está em repouso num quarto de hospital com um aparelinho no dedo. Mas tem que ter perspicácia! Coisa que o diretor Cláudio Torres teve de sobra.

Projeto: VEM PRA RIR!!!

No próximo sábado estarei em São Gonçalo, participando do projeto VEM PRA RIR! Às 20h30 no Teatro Carequinha.

Outras informações estão no flyer! Basta clicar!

Novo projeto teatral: Drama EnCena


Sábado agora, dia 06/06, estreou o projeto Drama enCena, onde estou participando como ator. Esse projeto faz parte da “ocupação do Glaucio Gill até setembro, idealizado pela Secretaria estadual de Cultura para tentar aumentar a frequência do palco da Praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana, considerado patinho feio da rede estadual de teatros, pela programação irregular e pelo pouco público”. (O Globo - 06/06/2009)

De cara, quero dizer que é um prazer participar de um projeto que reúne muita gente talentosa. Acredito que é uma idéia audaciosa e desafiadora. E tem uma ligação íntima com uma nova geração de bons autores que se reuniram para escrever semanalmente no site do Drama Diário (http://dramadiario.com). Lembro que quando eu vi uma matéria sobre esses autores (muitos deles amigos meus) e o projeto de textos teatrais para Internet fiquei bastante feliz e, ao mesmo tempo, com uma “inveja criativa” (rsrsrs). Porque sempre escrevi sozinho, nunca me vi parte de uma geração. E, de repente, vi essa galera junta, produzindo coisas extremamente interessantes. Babei!

Então, a atriz Cristina Fagundes tomou essa iniciativa – que posso dizer empreendedora – de pegar os textos semanais publicados no site e levar ao palco através de encenações feitas por bons atores (é uma reunião de amigos que também representam um nova geração de artistas que buscam espaços para mostrar a sua arte). E nada melhor do que poder fazer isso como uma reunião que celebra, antes de mais nada, a vontade de produzir teatro, desenvolvendo temas instigantes, propondo linguagens e diálogos ágeis como a própria urgência da vida contemporânea.

A palavra é mesmo essa: URGÊNCIA! Autores vão produzindo e colocando no site, atores vão pegando os textos e decorando para encenar já no sábado. Ou seja, uma semana para levar o que se produziu no site para a cena. Quer adrenalina melhor?

Pra quem quiser conferir, é todo sábado, 21h, no teatro Gláucio Gil (pça Cardeal Arcoverde S/N – Copacabana – ao lado do metrô). À princípio nos meses de junho e julho. Ingresso ao preço de 10 reais.